A Operação Jogada Marcada, deflagrada na quarta-feira (9), pela Polícia Civil de Goiás em conjunto com a Polícia Civil do Ceará, investiga um esquema de manipulação de resultados na Série B do Campeonato Brasileiro.
Mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos em território cearense e em outros cinco estados: Goiás, Maranhão, Pernambuco, Espírito Santo e Paraíba. Os criminosos tinham até um grupo em um aplicativo de mensagens denominado “Arbitragem da Propina”.
Segundo as investigações, o esquema envolvia jogadores, treinadores e dirigentes de clubes brasileiros e teria movimentado ao menos R$ 11 milhões em transações bancárias suspeitas.
Até o momento, foram realizados 19 mandados de busca e apreensão e seis prisões em todo o Brasil.
Na tarde desta quarta-feira (9), Ivan Barros, ex-presidente do Crato, foi preso pela Polícia Civil durante a Operação Jogada Marcada.
De acordo com as investigações, o motivo para suspeitar do crime teria sido a goleada sofrida pelo Crato para o Atlético-CE por 9 a 2 no dia 16 de fevereiro de 2022, pelo Campeonato Cearense.
Em nota enviada ao GE, a defesa de Ivan disse ter total consciência da inocência do ex-presidente. “Estamos buscando acesso aos autos, pois o processo tramita em segredo de Justiça, junto à Justiça do Estado de Goiás. Temos a certeza da inocência, assim como restou apurado e ele foi absolvido junto ao Tribunal de Justiça Desportiva do Ceará ainda em 2022. Que a investigação é completamente extemporânea em 2025, analisando fatos de 2022, onde o Cleison Ivan Barros já não atua com o futebol desde meados de 2022, portanto é uma prisão ilegal e arbitrária, e que estamos no aguardo do acesso completo da investigação para concluir manifestação da defesa. Acrescentando que ele esclareceu os fatos ao Delegado de Polícia Civil do qual foi interrogado, e contribuiu para as investigações.”
As investigações seguem a fim de localizar e prender os suspeitos.