Um vazamento de chorume do aterro controlado de Juazeiro do Norte tem deixado o rio Carás do Umari, que corta comunidades rurais do município, sob risco de poluição. A denúncia chegou à Câmara Municipal, nesta terça-feira (5), e foi motivo de preocupação, tanto de vereadores da oposição quanto da base governista.

Durante a sessão, Ivanildo Rosendo (DC) apresentou imagens de uma visita feita ao local. Nelas, é possível ver uma vala por onde passam os resíduos, que apresentam uma coloração escura e espumosa, e seguem pelo acostamento da rodovia. “Essa água tá caindo no Rio Carás do Umari”, alertou o vereador.

Rosendo disse que já acionou órgãos estaduais e federais de fiscalização ambiental, mas lamentou a falta de respostas às suas denúncias. “Desde sábado que se contaminam os rios da nossa região e nada foi feito. A gente denuncia e ninguém se manifesta”.

Presidente da Casa, o vereador Capitão Vieira Neto (MDB), além de pedir a apuração da denúncia, sugeriu a interdição do aterro controlado. “É um crime ambiental gravíssimo. Nós estamos pedindo aqui a questão da Amajú, para ver a interdição desse lixão”.

Até mesmo o líder do governo na Câmara, Rafael Cearense (Podemos), reforçou as cobranças. Ele cobrou um posicionamento do superintendente da Autarquia Municipal de Meio Ambiente (Amaju), Eraldo Oliveira. Para ele, uma investigação deve ser iniciada para identificar e responsabilizar os culpados.

“É um rio que não é poluído. Agora, vendo tamanha seboseira caindo dentro do rio, dificilmente o rio não irá ficar poluído. […] Precisamos resolver esse problema porque ninguém vai tolerar isso”, afirmou.