As articulações políticas para as eleições de 2026 no Ceará já começam a redesenhar o cenário eleitoral, especialmente no que diz respeito ao tempo de propaganda no rádio e na televisão. Segundo análise do jornalista Inácio Aguiar, do Diário do Nordeste, fusões partidárias e federações podem alterar significativamente a distribuição desse tempo entre governo e oposição.
Atualmente, a base do governador Elmano de Freitas tem vantagem na divisão do tempo de propaganda. No entanto, caso se concretizem a fusão entre PSDB e Podemos e a federação entre União Brasil e Progressistas, esses partidos, que hoje integram a base governista, migrariam para a oposição, reduzindo o tempo de exposição do governo e ampliando o espaço para seus adversários.
Distribuição atual do tempo de TV – sem fusões
Base de Elmano
Total: 5’28” (bloco) | 23’02” (inserções)
Oposição
Total: 3’40” (bloco) | 15’25” (inserções)
A mudança pode representar uma perda de cerca de um minuto no tempo de bloco e mais de cinco minutos nas inserções ao longo da programação, o que acendeu um alerta entre os governistas. O Palácio da Abolição acompanha de perto as movimentações, já que a perda de aliados pode impactar diretamente a estratégia de comunicação da campanha.
Distribuição projetada do tempo de TV – com fusões
Base de Elmano
Total: 4’11” (bloco) | 17’39” (inserções)
Oposição
Total: 4’57” (bloco) | 20’48” (inserções)
Além das articulações locais, a base governista depende também dos esforços do governo federal para atrair o centro e o centrão para o campo progressista, o que pode influenciar a configuração final das alianças e, consequentemente, a distribuição do tempo de propaganda.